Relatório de análise de alguns ambientes virtuais de aprendizagem

Caracterizando-se Educação a Distância como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos, possuindo características especiais posso destacar duas delas;
– o uso intensivo da tecnologia de informação, com problemas advindos das dificuldades de adaptação, dificuldades culturais etc.
– a segunda característica é a dificuldade de contato entre aluno e formador gerando desconfianças de ambos os lados.
Neste sentido, o primeiro obstáculo a ser superado é o cultural, pois a modalidade EaD supõe o domínio e a compreensão da dinâmica própria do ensinar e do aprender em ambientes virtuais, em que outras mediações estão presentes face à ausência de situações tradicionais da educação formal (sala de aula com carteiras, sincronicidade, quadro de giz etc.). Os formadores têm dificuldades na adaptação à tecnologia e na aceitação das novas demandas deste novo ambiente que exige uma participação muito maior e com um agravante: esta participação não é contínua e também não é simultânea, dificultando bastante a comunicação.
Isto exige mudanças nos métodos didáticos e pedagógicos e leva o professor a repensar os métodos de avaliação, dado que a tradicional avaliação presencial mostra sinais de desgaste neste novo ambiente.
Outro desafio é o acesso contínuo a várias fontes de informação, exigindo um esforço muito grande para a atualização do docente a fim de poder exercer a função de coordenador/orientador do processo ensino/aprendizagem.
Dentro deste contexto fiz uma análise superficial de algumas das plataformas apresentadas nas orientações gerais, experimentei as plataformas do ponto de vista do aluno. Plataformas LMS(moodle, lore, schoology,goolge sites, learn dash): algumas somente permitem acesso ao tutorial, tentei localizar as facilidades de participação nos fóruns, privacidade do grupo, disponibilização de documentos. Nas plataformas de social learning não fiz exploração devido a dificuldade de acesso (problemas com a rede de internet). Quanto as plataformas individuais achei bastante interessante e facilitadoras por oferecerem a vantagem de se adaptar com facilidade ao público alvo e serem de utilização simples. Plataformas colaborativas a vantagem é o fácil acesso e no caso do twitter a rapidez da troca de informações.
Tendo em vista, o público alvo do módulo por mim elaborado, optei por realiza-lo através da Rede Social Facebook, onde criei um Grupo(https://www.facebook.com/groups/mepl7cursoalfabetizacao/ .) para a implementação do mesmo de acordo com as orientações gerais disponibilizadas abaixo.

Orientações Gerais
Curso de aprofundamento em alfabetização
Grupo de Estudos no Facebook

Modalidade à distância com todas as atividades online (síncronas e assíncronas)

Objetivo: Auxiliar professores do Ensino Fundamental I no trabalho com classes de alfabetização.

Público alvo:Professores alfabetizadores e demais interessados

Início: 22 de junho de 2014
Duração: 4 semanas

Avaliação:
Os estudantes serão avaliados por sua participação nos espaços de discussão.
Pela realização dos trabalhos propostos.
Por sua auto-avaliação.
Por uma hetero-avaliação.

Certificação:
Será emitida uma declaração de participação em nome do aluno e assinada por Rossana Ricardo Marinho ( Mestranda em Pedagogia do E-learning/ UAB – PT, Pedagoga/ CCHS – BR , Psicopedagoga/ UERJ – BR , Especialista em Educação Infantil – CCHS – BR)

Calendário:
1ª semana 22 a 28 de junho de 2014
2ª semana 29 de junho a 05 de julho de 2014
3ª semana 06 a 12 de julho de 2014
4ª semana 13 a 19 de julho de 2104

• Dia 22 de junho às 21 horas (horário de Brasília-BR) acontecerá um bate-papo de apresentação dos membros do grupo.

Desenvolvimento

Primeira semana
Teorias e métodos de alfabetização

• Trabalho em grupo sobre as diferentes teorias de alfabetização
• Fórum de debate sobre o tema (comentários)
A turma deverá construir uma wiki com os diferentes produtos dos grupos

Segunda semana
A criança frente à leitura e escrita

• Leitura das referências
• Fórum de debate sobre o tema (comentários)
Artigo individual com sua visão sobre o assunto, disponibilizado como arquivo para o grupo

Terceira semana
Professor alfabetizador

• Pesquisa individual sobre o assunto
• Elaboração de uma enquete a ser distribuída a alguns professores.
• Fórum de debate sobre o tema (comentários)

Elaboração de um power point ou prezi, individual, com o resultado e análise da enquete e disponibilizado como arquivo para o grupo.

Quarta semana
Avaliar na alfabetização

• Pesquisa bibliográfica sobre o assunto
• Fórum de debate sobre o tema (comentários) Apresentação de uma bibliografia anotada com dois itens, não mencionados nas referências, sobre o tema . Disponibilizado como arquivo para o grupo.

Avaliação
Auto avaliação = 10%
Hetero avaliação = 10%
Wiki = 20%
Artigo = 20%
Power point ou prezi = 20%
Bibliografia anotada= 20%
Cada item será dividido em cinco categorias A, B, C, D, E ( do melhor aproveitamento para o pior) e a percentagem dos pontos distribuída igualitariamente entre os conceitos.

Recursos para os trabalhos:
• Ferreiro, E. Psicogenese da língua escrita. Porto Alegre. Artmed. 1999
• Jolibert, J. Formando crianças leitoras. Porto Alegre. Artmed 1994
• Kaufman, AM. Escola, leitura e produção de textos. Porto Alegre. Artmed. 1995
• Morin, E. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro. Bertrand Brasil. 2011
• Perrenoud P., 10 novas competências para ensinar. Porto Alegre. Artmed. 2000
• Pereira, Juliana Aparecida Dumont1; Ferreira, Helena Maria2.CONSTRUTIVISMO: (DES)METODOTIZAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO .http://www.educacao.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-virtual/espaco-escola/apoio/Construtivismo-desmetodizacao-do-processo-de-alfabetizacao.pdf
• ALFABETIZAÇÃO HOJE: TEORIAS, CONCEPÇÕES VIGENTES E PRÁTICAS DOCENTES DOS PROFESSORES ALFABETIZADORES. III ENCONTRO CIENTÍFICO E SIMPÓSIO DE EDUCAÇÃO UNISALESIANO .Educação e Pesquisa: a produção do conhecimento e a formação de pesquisadores http://www.unisalesiano.edu.br/simposio2011/publicado/artigo0147.pdf
• Alfabetizador na linha de frente http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/193/alfabetizador-na-linha-de-frente-288345-1.asp
• A oralidade que faz escrever http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/146/artigo234592-1.asp

IMPORTANTE
Regras para os post no grupo
As regras de boa convivência social são as mesmas em qualquer espaço. Respeito, cooperação, cortesia, amizade e incentivo ao próximo são muito bem vindos.

1 – Evitar utilizar abreviaturas ao escrever (ex.: vc =você, tb = também, etc.)
2 – Evitar o excesso de emoticons, desfoca o objetivo.
3 – Evitar escrever toda palavra em maiúscula (significa gritar) não é de bom tom.

Para otimizar o acompanhamento das disciplinas e concluir as atividades propostas, consolidei o “Módulo Alfabetização” para compor o instrumento que será utilizado para a avalição nas disciplinas.
O módulo é simples e curto. Seu foco é de aprofundamento e a escolha da rede social recaiu pela facilidade de acesso do público alvo e do conhecimento dessa ferramenta pelos alunos e por mim, tornando assim mais rápido e fácil sua execução e seu desenvolvimento, não sendo necessário um período de adaptação a plataforma. Além de pode ser acessada através de tablets ou telefones celulares fazendo com que haja rapidez e aproximação entre os alunos e entre alunos e professor, facilitando o esclarecimento de dúvidas e partilha de informações, recursos e conteúdos.

Módulo Alfabetização

Objetiva-se neste trabalho propor um módulo de disciplinas na modalidade Educação a Distância.
O tema escolhido foi alfabetização devido a demanda pessoal. Apresento inicialmente, uma fundamentação teórica sobre a definição do tema e escolha da interface. Como resultado é apresentado o módulo e seu endereço virtual.

Fundamentação Pedagógica
A entrada das crianças de 6 anos no Ensino Fundamental impõe novos desafios, sobretudo pedagógicos, para a área educacional.
As crianças de 6 anos entram em contato com uma cultura da qual devem se apropriar – a cultura escolar. É no âmbito das práticas pedagógicas que a instituição educativa pode tornar-se ela mesma expressão ou não do direito à educação.
A construção de uma prática educativa que coloque a criança como eixo do processo e que leve em consideração as diferentes dimensões de sua formação. No módulo é discutido a dimensão do desenvolvimento da linguagem escrita pelas crianças de 6 anos porque ela cumpre um papel fundamental na garantia do direito à educação. O ensino escolar precisa colocar a criança frente a novos conhecimentos e desafios intelectuais para promover seu
desenvolvimento.
A alfabetização deve se basear naquilo que para as crianças a aprendizagem da língua escrita pode lhes apresentar como novidade em relação ao conhecimento por elas construídos no uso que até então faziam da linguagem oral em seu cotidiano. Na comunicação oral é fácil reconhecer e produzir as condições da interação verbal
(quem fala e para quem, de que, onde e quando) porque os interlocutores estão presentes, na comunicação escrita as pessoas são obrigadas a criar a situação de interlocução. Através do processo de alfabetização a criança deverá compreender que os sinais gráficos da escrita são usados para representar a linguagem verbal, que por sua vez se realiza por meio de unidades da fala compostas pela união do significado e de um conjunto de sons articulados. As aptidões relacionadas ao processamento da leitura e à elaboração do texto escrito. Estas são as dimensões da língua escrita que se apresentam como desafios para as crianças quando elas iniciam o aprendizado da leitura e da
escrita. A ação educativa voltada para o desenvolvimento da linguagem escrita deve se apoiar em uma orientação teórico-metodológica, em que se definam:
• os objetivos de ensino,
• a organização do trabalho pedagógico,
• o tipo de abordagem que se quer dar ao conhecimento.
E que também se considere a realidade sociocultural dos alunos e o contexto da escola. Para mobilizar os processos de aprendizagem das crianças de modo a ajudá-las no desenvolvimento das capacidades relacionadas à leitura e à escrita e na construção de representações sobre esse objeto de estudo, as situações de aprendizagem precisam ser sequenciadas, articuladas e contextualizadas. As crianças precisam participar de um conjunto de
atividades caracterizado por um ciclo de ações e procedimentos de ensino-aprendizagem.
O “Módulo Alfabetização” visa a formação docente:
– Princípio da autonomia docente como condição para a concretização da prática pedagógica pretendemos.
– Apresentar diretrizes para a construção do trabalho com a linguagem escrita em classes de 6 anos, e também articular essas diretrizes às teorias que as informam.
A escolha da Rede Social Facebook para a concretização do trabalho deve-se aos seguintes pressupostos.
Caracterizando-se Educação a Distância como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos, possuindo características especiais posso destacar duas delas;
– o uso intensivo da tecnologia de informação, com problemas advindos das dificuldades de adaptação, dificuldades culturais etc.
– a segunda característica é a dificuldade de contato entre aluno e formador gerando desconfianças de ambos os lados.
Neste sentido, o primeiro obstáculo a ser superado é o cultural, pois a modalidade EaD supõe o domínio e a compreensão da dinâmica própria do ensinar e do aprender em ambientes virtuais, em que outras mediações estão presentes face à ausência de situações tradicionais da educação formal (sala de aula com carteiras, sincronicidade, quadro de giz etc.). Os formadores têm dificuldades na adaptação à tecnologia e na aceitação das novas demandas deste novo ambiente que exige uma participação muito maior e com um agravante: esta participação não é contínua e também não é simultânea, dificultando bastante a comunicação.
Isto exige mudanças nos métodos didáticos e pedagógicos e leva o professor a repensar os métodos de avaliação, dado que a tradicional avaliação presencial mostra sinais de desgaste neste novo ambiente.
Outro desafio é o acesso contínuo a várias fontes de informação, exigindo um esforço muito grande para a atualização do docente a fim de poder exercer a função de coordenador/orientador do processo ensino/aprendizagem.
Dentro deste contexto fiz uma análise superficial de algumas das plataformas apresentadas nas orientações gerais e, tendo em vista, o público alvo do módulo por mim elaborado optei por realiza-lo através da Rede Social Facebook, onde criei um Grupo para a implementação do mesmo de acordo com as orientações gerais disponibilizadas abaixo.

https://www.facebook.com/groups/mepl7cursoalfabetizacao/ .

Orientações Gerais

Curso de aprofundamento em alfabetização
Grupo de Estudos no Facebook

Modalidade à distância com todas as atividades online (síncronas e assíncronas)

Objetivo:
Auxiliar professores do Ensino Fundamental I no trabalho com classes de alfabetização.

Início: 22 de junho de 2014
Duração: 4 semanas

Avaliação:
Os estudantes serão avaliados por sua participação nos espaços de discussão.
Pela realização dos trabalhos propostos.
Por sua auto-avaliação.
Por uma hetero-avaliação.

Certificação:
Será emitida uma declaração de participação em nome do aluno e assinada por Rossana Ricardo Marinho ( Mestranda em Pedagogia do E-learning/ UAB – PT, Pedagoga/ CCHS – BR , Psicopedagoga/ UERJ – BR , Especialista em Educação Infantil – CCHS – BR)

Calendário:
1ª semana 22 à 28 de junho de 2014
2ª semana 29 de junho à 05 de julho de 2014
3ª semana 06 à 12 de julho de 2014
4ª semana 13 à 19 de julho de 2104

• Dia 22 de junho às 21 horas (horário de Brasília-BR) acontecerá um bate-papo de apresentação dos membros do grupo.

Desenvolvimento

Primeira Semana
Teorias e métodos de alfabetização

• Trabalho em grupo sobre as diferentes teorias de alfabetização
• Fórum de debate sobre o tema (comentários)
A turma deverá construir uma wiki com os diferentes produtos dos grupos

Segunda Semana
A criança frente à leitura e escrita

• Leitura das referências
• Fórum de debate sobre o tema (comentários)
Artigo individual com sua visão sobre o assunto, dsiponibilizado como arquivo para o grupo

Terceira Semana
Professor alfabetizador

• Pesquisa individual sobre o assunto
• Elaboração de uma enquete a ser distribuída a alguns professores.
• Fórum de debate sobre o tema (comentários)

Elaboração de um power point ou prezi, individual, com o resultado e análise da enquete e disponibilizado como arquivo para o grupo.

Quarta Semana
Avaliar na alfabetização

• Pesquisa bibliográfica sobre o assunto
• Fórum de debate sobre o tema (comentários) Apresentação de uma bibliografia anotada com dois itens, não mencionados nas referências, sobre o tema . Disponibilizado como arquivo para o grupo.

Critérios de Avaliação
Auto avaliação = 10%
Hetero avaliação = 10%
Wiki = 20%
Artigo = 20%
Power point ou prezi = 20%
Bibliografia anotada= 20%
Cada item será dividido em cinco categorias A, B, C, D, E ( do melhor aproveitamento para o pior) e a percentagem dos pontos distribuída igualitariamente entre os conceitos.

Recursos para os trabalhos:
• Ferreiro, E. Psicogenese da língua escrita. Porto Alegre. Artmed. 1999
• Jolibert, J. Formando crianças leitoras. Porto Alegre. Artmed 1994
• Kaufman, AM. Escola, leitura e produção de textos. Porto Alegre. Artmed. 1995
• Morin, E. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro. Bertrand Brasil. 2011
• Perrenoud P., 10 novas competências para ensinar. Porto Alegre. Artmed. 2000
• Pereira, Juliana Aparecida Dumont1; Ferreira, Helena Maria2.CONSTRUTIVISMO: (DES)METODOTIZAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO .http://www.educacao.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-virtual/espaco-escola/apoio/Construtivismo-desmetodizacao-do-processo-de-alfabetizacao.pdf
• ALFABETIZAÇÃO HOJE: TEORIAS, CONCEPÇÕES VIGENTES E PRÁTICAS DOCENTES DOS PROFESSORES ALFABETIZADORES. III ENCONTRO CIENTÍFICO E SIMPÓSIO DE EDUCAÇÃO UNISALESIANO .Educação e Pesquisa: a produção do conhecimento e a formação de pesquisadores http://www.unisalesiano.edu.br/simposio2011/publicado/artigo0147.pdf
• Alfabetizador na linha de frente http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/193/alfabetizador-na-linha-de-frente-288345-1.asp
• A oralidade que faz escrever http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/146/artigo234592-1.asp
IMPORTANTE
Regras para os post no grupo
As regras de boa convivência social são as mesmas em qualquer espaço. Respeito, cooperação, cortesia, amizade, incentivo ao próximo são muito bem vindos.

1 – Evitar utilizar abreviaturas ao escrever (ex.: vc =você, tb = também, etc.)
2 – Evitar o excesso de emoticons, desfoca o objetivo.
3 – Evitar escrever toda palavra em maiúscula (significa gritar) não é de bom tom.

Comunidades, redes e grupos virtuais – novos espaços de aprendizagem

Pensar, refletir, analisar discutir é o grande desafio que se apresenta aos educadores da atualidade sobre as possibilidades e resultados da utilização da web no processo educacional. Pois a educação do futuro é aquela que deve proporcionar a formação de cérebros para a cooperação, para a relação harmoniosa entre os seres que habitam o nosso planeta e ainda, é aquela que prepara pra a vida, para tomar decisões, pra integrar conhecimento. Trata-se de uma educação que prepara o indivíduo para agir, não apenas reagir: planejar e não apenas executar. E diríamos ainda: criar e desenvolver a intuição e a sensibilidade.
Hoje, as tecnologias digitais de informação estão cada vez mais presentes em todos os segmentos da sociedade, concorrendo para que surjam novas formas em relação à produção e aquisição de saberes. Assim, surgem novos processos, tais como a aprendizagem e o trabalho cooperativos assistidos por computador, que se traduz em aprendizagem cooperativa. Isso nos leva a uma realidade possível, onde cursos e treinamentos são ministrados à distância, e o trabalho pode ser efetuado por pessoas que estão em diferentes locais.
A presença de três princípios faz com que o crescimento do ciberespaço se torne possível. São eles:
• a interconexão;
• a criação de comunidades virtuais;
• a inteligência coletiva.
A interconexão é fundamental, pois não é possível pensar em ciberespaço sem a ideia de rede. Por outro lado, para o funcionamento da grande rede de informação a que chamamos Internet, é necessário que todos os computadores estejam conectados e se comunicando entre si. O segundo princípio, diz respeito à própria construção de massa crítica representada pelo número cada vez maior de pessoas, que se reúnem por interesses em comum, participando de listas de discussão. E neste processo vão construindo novas formas de opinião pública. É salutar lembrar que sem a interconexão o diálogo entre pessoas de uma mesma comunidade virtual e das comunidades virtuais entre si seria impossível
O conceito de comunidade é imensamente discutido na área social, mas há apenas um elemento com o qual todos os autores, invariavelmente, concordam: o fato de que se refere a um grupo de pessoas. Ao mesmo tempo, o conceito de rede social também se refere a uma metáfora estrutural para a observação de atores e suas relações. Ou seja, ambos os conceitos referem-se diretamente à existência de um grupo social.
As comunidades virtuais de aprendizagem realizam comunicações interativas, onde
as normas, os valores e os comportamentos são definidos na própria comunidade. As comunidades virtuais de aprendizagem foram gestadas no espaço midiático da Internet e representam novas possibilidades para o
processo de ensino e aprendizagem, tanto no âmbito da educação formal (escolas tradicionais) como no da educação não formal (educação comunitária, educação para avida).
Considera-se comunidade virtual de aprendizagem redes eletrônicas de comunicação interativa, organizada em torno de um projeto mútuo. Elas são constituídas a partir de interesses comuns de conhecimento estabelecidos em um processo cooperativo.
A rede é constituída pelos atores – as pessoas- e as interações que são trocadas, compreendendo a comunidade virtual como um tipo específico de grupo social (e portanto, de rede social). As ferramentas de rede permitem as pessoas a conhecer, interagir e compartilhar ideias, artefatos e interesses com o outro.
A rede social até a presente data tem encontrado aplicações principalmente nos contextos de aprendizagem informal e de entretenimento no entanto, há um interesse crescente na sua utilização na educação formal presencial, à distância e modos misturados.
O futuro de uma aprendizagem enriquecida pelo recurso das tecnologias da informação não se encontra apenas na “produção de conteúdos”, na “distribuição de conteúdos” – ou, como abusiva e mecanisticamente se dizem, na “transmissão” de conhecimento – a partir de grandes repositórios electrónicos de “saber” para as cabeças vazias dos aprendentes. Está, sim, a nosso ver, em tornar possível a construção de saberes pelos próprios aprendentes, em ambientes ativos e culturalmente ricos – ambientes que raramente existem no contexto escolar, que o recurso inteligente a novos media pode reforçar e nos quais se aplicam paradigmas completamente distintos dos do passado.
Anderson, coloca que as aplicações de redes sociais em de e-learning servem a três funções amplas a que ele se refere como a socialização, partilha e peregrinando.
Como todas as tecnologias, o uso de redes sociais apresenta tanto oportunidades quanto desafios para educadores e alunos. , algumas instituições de ensino e locais de trabalho desencorajam ativamente ou bloqueiam o acesso a sites de redes sociais em tentativas equivocadas para restringir a exploração aluno e o uso dessas ferramentas potencialmente distração. Em segundo lugar, a rede social é nova e pode desafiar os alunos e professores. Em terceiro lugar, a rede social é uma tecnologia muito perturbadora, que desafia muitas das nossas noções de privacidade, individual e controle institucional – geralmente movendo o controle da instituição e do professor para o aluno. Em quarto lugar, a rede social oferece ferramentas que podem ser usadas para o plágio, a fraude, assédio e outros tipos de má conduta acadêmica e social. Nenhum desses desafios são insuperáveis, mas destacam os desafios de implementação rápida e atacado e apontam para a necessidade de projetos-piloto que orientam as políticas de adaptação, treinamento e desenvolvimento de apoio.
O uso de redes sociais evolui um processo de exploração e de aprendizagem para todos os participantes. Muitas das tecnologias e suas aplicações são emergente, que significa que é impossível prever em detalhes quais serão os resultados de seu uso. Assim, os educadores devem estar pilotando aplicações educacionais em seus cursos para oferecer oportunidades para si e para os seus alunos a explorar e avaliar o efeito das redes sociais ferramentas usar na sua aprendizagem formal e informal.
A educação dos nossos dias decorre, e pode decorrer cada vez mais, em espaços comunitários. As nossas salas de aula e as nossas escolas reúnem, já, várias das condições necessárias para, se nos empenharmos, as transformarmos em efetivas comunidades de aprendizagem. Os espaços virtuais de aprendizagem electrónica que o “e-learning” nos promete poderão oferecer ainda mais condições, se evitarmos reduzi-los a visões que os aproximam dos modelos mecanicistas ainda prevalecentes.
É nesse sentido que acreditamos que o grande desafio da escola do futuro é o de criar comunidades ricas de contexto onde a aprendizagem individual e coletiva se constrói e onde os aprendentes assumem a responsabilidade, não só da construção do seu próprio saber, mas também da construção de espaços de pertença onde a aprendizagem coletiva tem lugar.

Referências:

Anderson,T.(2009). Social Networking in Education. http://terrya.edublogs.org/2009/04/28/social-networking-chapter/

Etienne Wenger,E., Trayner, B & Laat,M. (2011) Promoting and assessing value creation in communities and networks: a conceptual framework, Ruud de Moor Centrum: Neederlands.

Figueiredo, A.D. (2002). Redes e educação: a surpereendente riqueza de um conceito, in Conselho Nacional de Educação (2002), Redes de Aprendizagem, Redes de Conhecimento, Conselho Nacional de Educação, Ministérios da Educação, Lisboa.

Meu Ambiente Pessoal de Aprendizagem

“Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz”
Gonzaguinha

Um aprendizado difícil, posso dizer que foi assim o meu PLE. Leituras … leituras…leituras e na prática não saía do “título”.
Tentei no mapa mental, abaixo, representar como construo meu conhecimento através da web. Da mesma forma como meu conhecimento está em construção este mapa também está.
PLE Rossana
Inicio por comentar minha utilização da plataforma Moodle onde realizo a parte mais formal de estudos, hoje no Mestrado de Pedagogia do e-learning. As aquisições de conhecimento e cultura se dão de diferentes formas, inclusive pelas redes sociais e a pouca contribuição que posso fazer na rede divulgo através do blog, scoop it, wikispaces. Muitas ferramentas listadas fazem parte do meu cotidiano em preparar os textos e materiais que posto nos mais diversos espaços.
Meu mapa é simples, centrado na minha pessoal, não como egocentrismo, mas como acredito que deva ser o aprendizado individual, exclusivo, único – mas partilhado e compartilhado com o mundo.

Personal Learning Environments

BIBLIOGRAFIA ANOTADA

 

AMBIENTE PESSOAL DE APRENDIZAGEM (PLE) COMO RECURSO DE APRENDIZAGEM PARA O PROFESSOR

Siony da Silva

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo – IFSP –SP– Brasil

O artigo teve como objetivo refletir sobre o Ambiente Pessoal de Aprendizagem como recurso de aprendizagem para o professor.

Ideias principais

O avanço dos recursos tecnológicos, aliado às facilidades de acesso a informação e aos meios de comunicação, estão promovendo mudanças na forma de ensinar e aprender. Graças ás ferramentas disponibilizadas na web, a internet passou de um ambiente somente de leitura, para um ambiente em que o usuário participa ativamente tornando-se leitor e autor de conteúdos. Dessa forma, o usuário, busca informações, interage com amigos, profissionais, especialistas e cria um ambiente pessoal de aprendizagem. Passa a ser o condutor de seu processo de aprendizagem.

 Isto implica em elaborar a estrutura para acessar as informações, participar de grupos sociais com profissionais e especialistas; debater assuntos do interesse desse grupo; cooperar; aprender e ensinar, ou seja, criar uma rede pessoal de aprendizagem. As ferramentas da Web 2.0 são os recursos utilizados para o acesso a informação e o contato com as pessoas.  Os PLEs possibilitam o crescimento educacional, pessoal e profissional e podem ser desenvolvidos por qualquer pessoa que tenha interesse em aprender. Cada pessoa elabora o seu próprio PLE e define o caminho a ser percorrido.  Este aprendizado contínuo, potencializa o contato com novas tecnologias, novos conhecimentos e aumenta a socialização.  O emprego dos PLEs pelos professores proporciona atualização contínua na área deformação, potencializa o acompanhamento de novas tecnologias e abordagens metodológicas e estimula a participação em ambiente de colaboração e reflexão. Estes aprendizados passam a ser incorporados nas atividades didáticas, e dessa forma, os alunos também começam a incorporar as ferramentas tecnológicas e seus mecanismos de comunicação e interação em suas atividades pessoais.  Para que as pessoas possam elaborar seus PLEs, é necessário que possuam competências digitais. Isto inclui: conhecer e saber utilizar os recursos de comunicação e informação; saber pesquisar, avaliar a informação, refletir sobre o conteúdo dos dados levantados; gerar informações que serão disponibilizadas através de diversas mídias (texto, imagem, som); participar de rede social com profissionais e ou especialista e ter disposição de aprender ao longo da vida.       Através dos ambientes pessoais de aprendizagem, as pessoas se tornam mais independentes,           autônomas e com maior capacidade de responder ás rápidas mudanças que estão ocorrendo na vida atual.

In: http://www.revistageintec.net/portal/index.php/revista/article/view/27/88 –  acedido em 24.04.2014

               

AMBIENTES PESSOAIS DE APRENDIZAGEM – CONCEPÇÕES E PRÁTICAS

Pedro de Jesus Borges Rodrigues

Esta é uma dissertação de Mestrado em Educação da Universidade de Lisboa onde foi realizado um estudo exploratório, em torno da utilização destes ambientes de aprendizagem.

Ideias principais

 O conceito de ambiente pessoal de aprendizagem, comumente designado pela sigla “PLE”                    (Personal Learning Environment), depreende estratégias pedagógicas pouco exploradas no panorama educacional. Ao mesmo tempo em que promove competências como a autonomia e a organização individual dos aprendizes exigem novas competências nos programas do ensino. A complexidade decorrente da integração destas competências em contextos de aprendizagem formais é enfatizada nos resultados apurados que revelam que as mudanças consubstanciadas na adoção dos PLE carecem de novas atitudes por parte dos vários intervenientes do sistema de ensino.

 Ao longo de toda a investigação ficou patente um lado eclético do PLE, quer por ser organizado por concepções e prática divergente quer pela inexistência de uma definição consensual. Para alguns especialistas, o PLE é apenas uma abordagem baseado num interface Web e nem sequer pode ser considerado um software, é apenas um ambiente onde as pessoas, comunidades e recursos interagem de forma muito flexível. Por outro lado, outros especialistas consideram que o PLE pode ser representado com tecnologia, incluindo aplicações e serviços.  PLE é um conjunto de ferramentas interligadas pelo conceito de abertura, interoperabilidade e controlo do aprendiz. Um PLE proporciona ao aprendiz um espaço pessoal sob seu controlo que possibilita o desenvolvimento e partilha das suas opiniões. É a forma simples de partilhar e agregar as experiências de aprendizagem através da configuração e manipulação de artefatos digitais. Baseado em múltiplos contextos e na promoção da autonomia do aluno os PLE são o elo entre as instituições de ensino e o mundo exterior e são compostos por várias ferramentas usadas no nosso quotidiano para a aprendizagem. Muitas dessas ferramentas são baseadas no software social.

In: repositorio.ul.pt/bitstream/10451/7686/1/ulfpie042963_tm.pdf – acedido em 22.04.2014

As tecnologias da informação e comunicação, as diferentes linguagens e a formação do professor

Atualmente as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), vem tomando conta dos espaços formativos formais e informais, onde essas TIC passam a ocupar um espaço de destaque na vida dos sujeitos que constituem “as educações” e, hoje, os estudantes estão, de certa forma, preparados, inspirados e inseridos nesse contexto tecnológico, pelo fato de cotidianamente conviverem com as TIC como recurso diário de comunicação, lazer e, também, de trabalho.
E os professores nesse contexto? Como ficam? Como lidam com essas transformações?
O professor tem o papel de facilitador da aprendizagem dos alunos. Sua função não é ensinar, mas, sim, auxiliar o aluno a aprender, deixando de ser meramente o transmissor do conhecimento e passando a atuar como elemento incentivador de descobertas e auxiliar no processo de aprendizagem do aluno. As habilidades gerenciais receberam menor destaque na pesquisa. Estas competências abrangem a gestão dos alunos e a gestão do processo de aprendizagem.

Apresentação1

O Papel do Professor no Contexto on line

Bibliografia Anotada

GOMES,G.; SARAGOÇA, V.; DOMINGUES, M.J.C.S; Competências para a Docência On-Line: Percepção de Professores/Tutores de Pós-Graduação no Ensino a Distância- III Encontro de Administração de Informação – Porto Alegre – 2011 – disponível em http://www.sigmees.com acedido em 20.03. 2014

O artigo trata dos desafios que os cursos a distância apresentam para professores e para alunos.Tendo como objetivo identificar as competências necessárias ao docente de Ensino aDistância (EaD) no processo de ensino e aprendizagem, pois um dos requisitos e o de saber utilizar as tecnologias, pois o professor que pretenda desempenhar um papel diferenciado na docência on-line, precisa adquirir e desenvolver determinados saberes, ou seja, um conjunto específico de competências.
O estudo foi realizado através de uma pesquisa descritiva tendo sido entrevistados 18 professores/tutores de cursos de pós-graduação lato sensu oferecidos na modalidade a distância de uma universidade do Sul do Brasil. A pesquisa demonstrou que o ensino adistância possui alguns aspectos semelhantes ao ensino presencial. Os resultados apontaram que, para desempenhar um papel diferenciado na docência on-line, é necessário que o professor adquira e desenvolva um conjunto particular de habilidades e competências. Os resultados demonstraram a interação que o professor deve ter com os alunos, a qual elimina o papel autoritário do professor. As habilidades técnicas consideradas essenciais foram: a capacidade de usar e-mail eficazmente, a utilização on-line de fóruns ou quadros de avisos.
Considero que este artigo trouxe informações relevantes, e que devem ser revistas quanto a formação específica de cada tutor/professor. Portanto, as tecnologias aliadas as suas várias linguagens e a vontade de transformação, mudança e melhoria da prática pedagógica docente tanto daqueles que fazem a formação inicial, como daqueles que exercitam a docência na educação básica,
contribuem significativamente para o real exercício da práxis.

SALES, M.V.S.; As Tecnologias, o ensino e a formação do(a) professor(a) de Geografia: Novas linguagens na transformação da prática. 10º Encontro Nacional de Prática de Ensino de Geografia – Porto Alegre – 2009 – disponível em: http://www.agb.org.br/XENPEG/artigos/GT/GT5/tc5%20(29).pd,f acedido em 21.03.2014

Este artigo propõe uma reflexão a respeito dos processos formativos do professor de geografia e o uso das diversas linguagens advindas das TIC nas práticas de ensino desse profissional, explicitando o desenvolvimento de uma formação inicial objetivando discutir sobre a importância do uso das diversas linguagens tecnológicas para melhoria da prática docente do professor de geografia, ampliar as perspectivas de uso das TIC nos processos de ensino e aprendizagem e uma reflexão sobre o papel do professor dentro da universidade. A alfabetização tecnológica do professor Envolve o domínio contínuo e crescente das tecnologias que estão na escola e na sociedade, mediante o relacionamento crítico com elas. Este domínio se traduz em uma percepção global do papel das tecnologias na organização do mundo atual e na capacidade do professor de lidar com as diversas tecnologias, interpretando sua linguagem e criando novas formas de expressão, além de distinguir como, quando e por que são importantes e devem ser utilizadas no processo educativo.
O professor tem o papel de facilitador da aprendizagem dos alunos. Sua função não é ensinar, mas, sim, auxiliar o aluno a aprender, deixando de ser meramente o transmissor do conhecimento e passando a atuar como elemento incentivador de descobertas e auxiliar no processo de aprendizagem do aluno.

A sala de aula invertida- o futuro da educação já existe?

Abstract:

 

The inverted classroom : does the future of education already exist?

 

This article seeks to study the extended concept of inverted classroom at basic and college ( graduation ) education.On this type of classroom, the idea of using recently popularized technological resources such as videoclasses or the virtual settings of certain courses, so that the student can access the contents ( subject matter) at home. This way, time spent on classroom can be reserved  ( destined / used)  to the advance ( progress)  of teacher’s  and student’s learning , by doing exercises, solving doubts or debating theme’s contents. Technology promoters have been attracted  by this educational view. Current educational system was conceived based on available technological resources at that time. Now, we sought that more people can study, and that it  can be economically possible. The question is: Considering the technology available today,could not we do it better?

 

 

Resumo:

Este artigo pretende estudar a expansão do conceito de sala de aula invertida na educação básica e também na educação superior. Onde se difunde a ideia de usar os recursos educacionais recentemente popularizados pela tecnologia, como as videoaulas ou ambientes virtuais de determinados cursos, para que o aluno tenha contato com o conteúdo em casa. Assim, o tempo da sala de aula fica liberado para que professores e alunos avancem no aprendizado, seja fazendo exercícios, tirando dúvidas, promovendo debates. Essa nova fase da educação tem atraído o interesse de fornecedores de tecnologia. O atual sistema educacional foi concebido com a tecnologia que estava disponível, hoje queremos que mais pessoas sejam educadas e que isso seja economicamente viável. A pergunta é: não podemos fazer melhor, levando em consideração a tecnologia que temos à nossa disposição hoje?

Palavras-chave: EAD, Sala de Aula Invertida, Inovações Metodológicas em Educação, Estilos de Aprendizagem.

 

 

 

Introdução

Pode ser que você a se pergunte se a Sala de Aula Invertida não é mais um modismo que aparece para logo cair no esquecimento. Não parece um modismo e não parece que  cairá no esquecimento. A sala de aula invertida veio para ficar, pois se trata de um novo modelo de ensino e aprendizagem.

A Educação a Distância (EAD) é a modalidade de ensino que mais cresce no Brasil atual, dado confirmado pelo Censo da Educação Superior de 2010 (INEP, 2011). A EAD “pode ser uma valiosa ferramenta em prol da democratização do ensino no Brasil, mas para isso é necessário que se busque a constante melhoria de sua qualidade – elemento que também deve perpassar a educação presencial”. Um dos pontos essenciais para a constante melhoria dos cursos oferecidos nesta modalidade é, sem dúvida, pensar uma organização curricular que seja específica para ela, e não apenas a transposição do modelo da escola tradicional – centrado na aula expositiva – advindo do ensino presencial. E é aqui que encontra-se a Sala de Aula Invertida

No momento em que se desenvolve uma nova modalidade de ensino, espera-se que se tome como referencia os estudos na área de educação já realizados, porém por ser nova no contexto educacional brasileiro, urge pensar a EAD de outro modo, próprio das possibilidades e limites que ela tem. Estudos da Fundação Victor Civita (2012), apontam que um avanço nas propostas curriculares nesta modalidade seria a proposição de modelos semipresenciais, que permitiriam ao aluno conciliar as vantagens da EAD (autonomia de tempo e espaço para estudar) com a riqueza da vivência de um espaço acadêmico, que é favorecido pelo ensino presencial. Desde então, vêm aumentando os esforços para a disseminação deste conceito com grande reconhecimento no meio da educação nos Estados Unidos, tendo inclusive criado uma organização para tal objetivo, a Flipped Learning Network, que pode ser visitada em http://www.flippedlearning.org.

Pensar um currículo misto, que concilie as positividades das modalidades presenciais e a distância, precisa, no entanto, superar a tendência de superposição dos modelos assim como, refletir criticamente sobre os elementos a serem mantidos (interação professor x aluno x colegas, atividades em grupo, feedback instantâneo, obrigatoriedade da presença as atividades de aprendizagem, entre outros) e aqueles que precisam ser aprimorados (uso de tecnologias da informação e comunicação, materiais pedagógicos dialógicos, uso de ambientes virtuais de aprendizagem.

Referencial teórico

O modelo de educação que impera na grande maioria das Escolas é o mesmo do início do século 20. Este modelo chamado de 2.0, pelo Professor Jim Lengel, da Universidade de Nova York, foi criado para atender o  modelos de trabalho da época que eram todos trabalhando o dia inteiro, fazendo a mesma coisa, na mesma hora, não podiam interagir e eram severamente fiscalizados.

No modelo tradicional de educação, os alunos devem assistir as aulas passivamente, o professor realiza toda a explanação dos conteúdos e as tarefas são realizadas em casa.

Já  o conceito de sala de aula invertida não foi desenvolvido e articulado por Salman Khan, pesquisadores já estudam o método desde 1990, no entanto foi em 2007 que  o conceito de sala de aula invertida se popularizou com os professores como Karl Fisch e Jon Bergman/Aaron Sams que começaram a gravar vídeos e criar Power Point com voz e animação  e disponibilizar na internet para os alunos que faltavam.

Neste modelo o professor cria a sua aula em vídeos e/ou outros formatos tais como podcasts, blogs, utilizando as seguintes ferramentas: Google Drive, Dropbox, Facebook, Twitter, Youtube, Slideshare, sites Wiki e os alunos acessam em casa, na hora que desejarem, e quantas vezes quiserem.

Metodologia

Após a pesquisa em torno de materiais disponíveis em diversos sites e artigos de pesquisas em revistas eletrônicas, observo que o mundo apresenta necessidades de indivíduos que possam trabalhar em pequenos grupos para solucionar grandes problemas utilizando ferramentas digitais e que, principalmente estejam preparados para desempenhar multitarefas sem a supervisão de um fiscal, quer seja o professor ou o chefe.

Resultados

A Escola precisa mudar o atual modelo de educação para outro que vá de encontro às novas demandas da sociedade, e é aí que entra a sala de aula invertida.

Enquanto se debate a criação de um novo modelo de ensino, mudanças vêm ocorrendo naturalmente. Certas instituições estão investindo em videoaulas, games e laboratórios inovadores, posso citar no Brasil a  PUC-Rio, por exemplo,onde estudantes usam celular para tirar foto do quadro ou até para filmar uma explicação mais importante do professor. No Colégio Notre-Dame do Recreio, todos os gadgets são liberados como ferramentas de estudo. São usados pelos alunos para fazer anotações e pesquisas na internet. A ideia é se aprofundar nos temas didáticos, com orientação do professor.

As próprias escolas e universidades, isoladamente, vêm testando novidades para dinamizar o ensino. As ferramentas são muito novas e não se sabe ainda onde concentrar investimentos. Uma parceria entre o curso de Relações Internacionais da PUC-Rio e o Departamento de Educação à Distância, por exemplo, permite utilizar vídeos e interatividade na cadeira de Introdução à Política Internacional.

Conclusões

Com a sala de aula invertida, a responsabilidade de aprendizagem é transferida do professor para os alunos. Veja abaixo o que a sala de aula invertida pode fazer por sua turma:

Os alunos tendem a ter um melhor desempenho quando controlam o quando, onde e como eles aprendem.

O professor não é mais o detentor do conhecimento, mas sim o mediador que orienta e guia, enquanto os estudantes são os aprendizes ativos reais de todo o processo.

Com os vídeos e aulas interativas os alunos podem acessá-los em casa antes da aula no momento que quiserem

O tempo em sala de aula pode ser utilizado para a coleta de dados, colaboração e aplicação dos conceitos.

A classe torna-se um lugar para os alunos trabalharem com os problemas, avançar conceitos, e se envolverem na aprendizagem colaborativa.

A sala de aula invertida possibilita que o professor crie oportunidades de aprendizagem que envolva muito mais todos os alunos

Os alunos com dificuldades de aprendizagem caminham em ritmo próprio, participando dos grupos colaborativos que mais atendam suas necessidades.

A sala de aula invertida possibilita que os jovens que são mais tímidos ou que ficam envergonhados de esclarecerem dúvidas durante a aula, possam, por meio dos vídeos, tutoriais reverem as aulas quantas vezes forem necessárias sem temer gracejos por parte dos colegas.

Os alunos tem acesso imediato e fácil a qualquer tópico quando precisam, deixando assim, o professor com mais oportunidades de expandir e enriquecer os momentos de produção colaborativa.

Considerações finais

Mudar o que está sendo feito há tantas décadas exigirá uma mudança de postura não só de professores, mas também dos alunos.  Afinal os princípios da interdisciplinaridade e da flexibilização devem estar bem presentes para se desenvolver um modelo de aprendizagem colaborativa.

 

Referências bibliográficas

http://www.uned.es/revistaestilosdeaprendizaje/numero_12/articulos/articulo_8.pdf

http://www.grupouninter.com.br/intersaberes/index.php/revista/article/view/499

 

Sites consultados

http://www.sosprofessor.com.br/blog/sala-de-aula-invertida/

http://oglobo.globo.com/educacao/a-sala-de-aula-com-novos-formatos-em-tempos-digitais

https://www.institutoclaro.org.br/blog/10-posts-para-voce-se-aprofundar-na-sala-de-aula-invertida/

Resenha dos vídeos de Michael Welsch

Michael Welsch

 

O professor Michael Welsch, da Universidade de Kansas (EUA), vem fazendo estudo, sobre a relação dos indivíduos com o You Tube. É ele o responsável pelo grupo Digital Ethnography.

Michael Welsch demonstra muito bem, em seu trabalho de investigação, como a sociedade em rede, surgida com o advento da Internet, está mudando o ensino-aprendizagem atualmente. Michael Welsch, como educador, é um agente deflagrador dessa mudança, ao considerar ser mais importante ajudar os estudantes a construírem questões do que querer continuar o papel tradicional do professor.

Por isso, temos aqui um pioneiro que promove a mudança de um paradigma educativo. Como para ele o educador não pode ser a autoridade que entra na sala para transmitir informação e sim ser aquele que precisa conhecer os anseios dos alunos para preparar as aulas. Michael Welsch age desta mesma forma fazendo com que a construção dos novos conhecimentos seja feita com os alunos.

Dos quatro vídeos apresentados podemos tirar as seguintes informações.

  1. 1.      The Machine is Us/ing Us

 

Este vídeo mostra-nos a evolução da Web desde os primórdios do html até à situação atual, onde o hipertexto não é apenas a criação de uma ligação entre textos. Ele revela as vantagens do texto digital por oposição ao texto de suporte de papel, onde todos podem proceder à construção de conhecimentos mais específicos e enriquecedores, passando de meros utilizadores a dinâmicos produtores. A Web 2.0 vem inaugurar um cenário comunicativo sem precedentes onde todos podem ter acesso à sua utilização sem exigir grandes conhecimentos.

  1. 2.      The Machine is (Changing) Us

 

The Machine is (Changing) Us mostra-nos Michael Welsch fazendo uma comparação entre as perspectivas de Aldous Huxley e Orwel, é uma gravação da palestra de Michael Welsh sobre as novas mídias e as novas formas de interação que emergem no YouTube. MW afirma esta última como a mais próxima dos novos tempos. As pessoas acessam imensa informação, fornecida pelas mídias, enfadando-se até à morte. Ele apresenta a ideia que as mídias não são apenas instrumentos, mas sim um sistema muito complexo. Existem duas utilizações associados a essa ideia que são os modelos centrados em si próprios para auto realização, que provocam distanciamento das outras pessoas e a negação de horizontes de significância, que leva à fragmentação, que tem como resultado muitas opiniões de muitas pessoas, não criando um senso em comum.

Welsch faz o paralelismo entre o cidadão moderno confuso e desagregado da sua própria sociedade com o cidadão virtual. Onde, aparecem duas vertentes: por um lado, a autoafirmação em detrimento da participação cívica; e de outro, a fragmentação das crenças e dos interesses individuais.

3. Students Helping Students

 

Aqui Welsch mostra-nos o primeiro dia de aulas de uma universidade no Kansas, EUA. Onde reina um ambiente de coleguismo, compartilhamento, colaboração. Ele foca a colaboração e a importância de se valorizar os aspectos sociais.

4. A Vision off  Students Today

Este vídeo aponta para o fato da sala de aula estar presa a um modelo de escola, segundo o qual os alunos ainda aprendem de forma tradicional e sem grande significado para a sua vida diária, transmite-nos a sensação do vazio do ensino – aprendizagem, de uma transposição didática sem relevância. A utilização do computador durante as aulas tem outras finalidades que não as relacionadas com aprendizagens adequadas aos objetivos e conteúdos educacionais. Para isso se altere, torna-se necessário que os alunos aprendam a utilizar a tecnologia não somente para entretenimento ou para se socializarem, mas para criar algo novo, de valor para o mundo, já que todos podem ser produtores. A preparação para a vida requer uma educação que prepare os indivíduos para a sociedade da informação, que tem por base novas formas de agir, novas formas de relacionamento, novas formas de partilhar e participar.
É importante perceber ainda que, sendo utilizadores das novas tecnologias, os estudantes procuram dar novos significados à informação que encontram e constroem no cibermundo. Portanto, este mundo virtual é também o seu espaço de aprendizagem. Segundo Welsch, os estabelecimentos de ensino têm não só de acolher esses novos significados, como também lhes dar a relevância que só a educação sabe fazer.·.

Estes quatro vídeos revelam como os jovens dividem seu tempo entre o ensino formal e os meios de comunicação e o quanto, estes últimos, interagem com o dia-a-dia deles de forma natural e indispensável Por fim, procura marcar o papel central que os estudantes têm na formação dos novos saberes, enquanto agentes da sociedade em rede. Isto será uma forma de integrar as consequências do impacto da Internet na educação.

Leituras instigantes

Inteligência coletiva: comunicação, capitalismo cognitivo e micropolítica*

http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistafamecos/article/view/4801/3605